Crítica | Comando das Criaturas - Se havia dúvidas sobre o potencial do novo Universo DC, "Comando das Criaturas" as dissipa com uma primeira temporada envolvente, que equilibra maturidade e leveza na medida certa.
Divulgação | Max |
Título | Creature Commandos (Título original) |
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Ano produção | 2023 |
Dirigido por | James Gunn |
Estreia | 05 de dezembro de 2024 (Mundial) |
Duração | 7 Episódios |
Classificação | 16 - Não recomendado para menores de 16 anos |
Gênero | |
País de Origem | Estados Unidos |
Sinopse
Comando das Criaturas acompanha uma equipe secreta de monstros encarcerados, recrutados para missões consideradas perigosas demais para humanos.
• Por Alisson Santos
• Avaliação - 7/10
Com o fenômeno dos universos compartilhados com sinais de desaceleração, resta aos fãs torcer pelo melhor. Felizmente, "Comando das Criaturas" surge como um reinício promissor e divertido do novo Universo DC, encapsulando os maiores trunfos de James Gunn como criador. A série animada é um pacote completo, recheado de ação, emoção, humor e a marca registrada de Gunn: histórias sobre personagens profundamente imperfeitos, quebrados por dentro e por fora, que buscam se superar, mesmo tropeçando pelo caminho.
Embora iniciar um novo universo com uma série animada possa parecer uma escolha inusitada, "Comando das Criaturas" funciona como um elo entre produções, sendo quase uma continuação direta de 'O Esquadrão Suicida (2021)', dois anos após os eventos do filme. Nesse ponto, Amanda Waller ainda lidera a ARGUS, mas agora enfrenta limitações severas: após ser exposta pela própria filha na primeira temporada de 'Pacificador', está proibida de formar outro Esquadrão X. Contudo, Waller, sendo quem é, encontra uma solução criativa para driblar as regras, optando por usar monstros encarcerados como sua nova força-tarefa.
Essa equipe improvável inclui a Noiva de Frankenstein, o Robô Recruta, a híbrida aquática Nina Mazursky, o próprio Frankenstein, o volátil Doutor Fósforo e o excêntrico Doninha, liderados por Rick Flag Sr., pai do falecido Rick Flag de 'O Esquadrão Suicida'. A missão inaugural é proteger a princesa Ilana Rostovic no fictício Pokolistão, onde a poderosa bruxa Circe lidera um grupo extremista contrário à existência de Themyscira, a lendária ilha habitada apenas por mulheres, incluindo a Mulher-Maravilha.
Divulgação | Max |
Gunn utiliza sua fórmula consagrada de explorar personagens pouco conhecidos, garantindo liberdade criativa para moldá-los com humor ácido, sarcasmo e momentos emocionantes. Como de costume, a trilha sonora também brilha, apresentando uma seleção poderosa de músicas menos populares que grudam na memória.
Ao longo de sete episódios com cerca de 22 minutos cada, a série dedica tempo para explorar a história e as nuances de seus personagens, oferecendo reviravoltas surpreendentes e subvertendo expectativas. Em um dos episódios, uma revelação em especial atinge emocionalmente, mostrando o equilíbrio habilidoso entre o absurdo e a profundidade.
Porém, nem mesmo James Gunn é perfeito. "Comando das Criaturas" tropeça ao construir sua vilã principal, Circe, que carece de desenvolvimento e serve mais como um artifício narrativo do que como uma antagonista memorável. A comparação com o Alto Evolucionário, de 'Guardiões da Galáxia Vol. 3', é inevitável, e Circe fica muito aquém do seu potencial. Além disso, Gunn, em sua estreia no formato de animação, recorre a uma estrutura episódica repetitiva, o que faz com que alguns capítulos soem semelhantes demais. Ainda assim, ele compensa com um desfecho sólido e empolgante, deixando os espectadores ansiosos pelo que está por vir no DCU.
Se havia dúvidas sobre o potencial do novo Universo DC, "Comando das Criaturas" as dissipa com uma primeira temporada envolvente, que equilibra maturidade e leveza na medida certa. Para quem busca uma história séria, mas que não se leva excessivamente a sério, a série é uma escolha imperdível.
Todos os episódios de "Comando das Criaturas" já estão disponíveis na Max.
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