Crítica | Sonic 3: O Filme - Se este for o auge da franquia, ela atingiu seu ponto máximo com maestria.
Divulgação | Paramount Pictures |
Título | Sonic the Hedgehog 3 (Título original) |
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Ano produção | 2023 |
Dirigido por | Jeff Fowler |
Estreia | 25 de dezembro de 2025 (Brasil) |
Duração | 110 Minutos |
Classificação | 10 - Não recomendado para menores de 10 anos |
Gênero | |
País de Origem | Estados Unidos |
Sinopse
Sonic, Knuckles e Tails se reúnem contra um novo e poderoso adversário, Shadow, um vilão misterioso com poderes diferentes de tudo o que já enfrentaram antes. Com suas habilidades excepcionais, a Equipe Sonic vai buscar uma aliança improvável na esperança de deter Shadow e proteger o planeta.
• Por Alisson Santos
• Avaliação - 8/10
Parece que foi ontem que a internet ficou polvorosa com os dentes humanos estranhamente realistas do Sonic. Mas foi em 2019 que o diretor Jeff Fowler tomou uma das decisões mais acertadas de sua carreira: redesenhar o icônico ouriço azul. O resultado foi um sucesso que abriu caminho para uma franquia que não só se destacou, mas também cativou fãs ao redor do mundo. Com "Sonic 3: O Filme", Fowler entrega a melhor experiência cinematográfica do personagem até agora, consolidando a série como um marco nos filmes baseados em games.
O primeiro filme nos apresentou Sonic em uma jornada de amizade e autodescoberta ao lado de Tom, um humano bondoso e carismático. Já o segundo filme expandiu o universo, trazendo Tails e Knuckles, enquanto explorava a formação de uma equipe para enfrentar o vilão Dr. Robotnik. Foi divertido, enérgico e deu um gostinho de como a franquia poderia explorar elementos clássicos dos jogos. Mas é no terceiro capítulo que tudo se eleva a um novo patamar. "Sonic 3: O Filme" não apenas abraça as raízes do personagem como também apresenta uma narrativa mais madura, repleta de ação, emoção e reviravoltas.
O filme começa com uma energia pulsante e mantém o ritmo ao longo de toda a sua duração. Desta vez, somos apresentados a Shadow, um anti-herói complexo com um passado trágico que rouba a cena desde o início. Sua apresentação e uma sequência inicial contra a equipe Sonic, ambientada em Tóquio, já define o tom grandioso da produção. Shadow enfrenta Sonic, Tails e Knuckles em uma batalha espetacular que combina efeitos visuais de ponta com uma coreografia de ação de tirar o fôlego. A profundidade emocional de Shadow é trabalhada de forma magistral, tornando-o um dos personagens mais interessantes já introduzidos na franquia.
Jeff Fowler demonstra uma evolução impressionante como diretor. A integração entre os personagens em CGI e os atores humanos nunca esteve tão fluida, e os cenários são visualmente deslumbrantes. Enquanto o segundo filme por vezes exagerou na presença de personagens humanos, o terceiro ajusta esse equilíbrio. Tom (James Marsden) e Maddie (Tika Sumpter), embora importantes nos dois primeiros filmes, têm participações mais discretas aqui, permitindo que a trama foque nos protagonistas do universo de Sonic.
Divulgação | Paramount Pictures |
E falando em protagonistas, o filme brilha especialmente por trazer Jim Carrey de volta como Dr. Robotnik. Carrey entrega uma atuação magistral, reminiscentes de seus clássicos dos anos 90, misturando comédia física, carisma exagerado e momentos memoráveis. Desta vez, Jim Carrey está ainda mais ousado, interpretando dois personagens, um deleite para os fãs de sua habilidade camaleônica.
A narrativa se aprofunda à medida que o filme avança. O segundo ato adota uma vibe de espionagem ao estilo Missão Impossível, com sequências de alta tensão e criatividade visual. Uma cena em particular, que envolve gravidade e truques cômicos, é um dos destaques do longa. Mas é no terceiro ato que "Sonic 3: O Filme" realmente se supera. O confronto final não é apenas grandioso, mas emocionalmente impactante, levando os personagens ao limite de suas jornadas pessoais.
O relacionamento entre Sonic e Shadow é o coração do filme. Suas diferenças, tensões e eventual entendimento criam uma dinâmica fascinante, digna dos melhores momentos da franquia. Além disso, o filme está repleto de referências aos jogos, desde cenários icônicos até pequenos detalhes que só os fãs mais dedicados irão notar. Essa atenção ao material original demonstra o carinho com que a equipe tratou o projeto. Isso fica evidente nas duas cenas pós-créditos, que são uma prova de amor aos fãs, oferecendo pistas sobre o futuro da franquia e aprofundando o universo da saga.
Por fim, "Sonic 3: O Filme" é um triunfo. Ele combina humor, ação, nostalgia e emoção de maneira impecável. As apostas são mais altas, os personagens mais desenvolvidos, e a história mais envolvente. É o tipo de filme que não apenas entretém, mas também reafirma o potencial do cinema em adaptar histórias de games com qualidade e respeito aos fãs. Se este for o auge da franquia, ela atingiu seu ponto máximo com maestria.
"Sonic 3: O Filme" estreia em 25 de dezembro nos cinemas nacionais.
Filme sensacional!
ResponderExcluirPrimeira vez que vejo uma crítica sua sem citar tantos pontos negativos.
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