Crítica | Um Lugar Silencioso: Dia Um - É uma história emocionalmente poderosa de duas pessoas perdidas que criam uma conexão em meio ao caos.

Divulgação | Paramount Pictures

TítuloA Quiet Place: Day One (Título original)
Ano produção2023
Dirigido porMichael Sarnoski
Estreia
27 de junho de 2024 (Brasil)
Duração 100 Minutos
Classificação14 - Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero
Terror - Suspense
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Este filme nos leva de volta ao ponto onde tudo começou, acompanhando uma nova personagem, interpretada por Lupita Nyong’o, enquanto navega pelos horríveis primeiros momentos na cidade mais barulhenta do mundo: Nova York.

• Por Alisson Santos 
• Avaliação - 7/10

Um Lugar Silencioso: Dia Um é um derivado de Um Lugar Silencioso (2018), que se passa durante o primeiro dia do apocalipse alienígena que vemos ocorrer nos filmes anteriores. Acompanhamos Samira (Lupita Nyong'o), uma paciente com câncer que é jogada no meio do apocalipse enquanto procura em Nova York a única coisa que lhe trará felicidade. Em sua jornada estão seu adorável gato e Eric (Joseph Quinn), com quem ela se depara em meio aos caos. 

No início, acompanhamos Samira em um lar para pessoas debilitadas, com pouco para viver e sem ideia se ela poderá testemunhar o amanhã. É uma abertura fria e triste para o filme, mas dá o tom perfeito para o que esperar do longa, embora seja um derivado de Um Lugar Silencioso, parece muito diferente tematicamente. Os filmes anteriores focaram mais na família e na sobrevivência. A sobrevivência também é uma parte importante deste filme, mas esse filme é mais humano, é uma busca incessante de paz interior e de construção de laços com pessoas que podem muito bem ser a última pessoa que você verá ou até mesmo com quem morrerá.

O que o diferencia dos outros filmes não são apenas os temas, mas também o cenário. Na minha visão, os dois primeiros filmes parecem mais tensos e aterrorizantes, pois estamos presos nesses pequenos locais, no meio do nada, em situações que não são as melhores quando você vive em um mundo onde você não pode fazer barulho. Um Lugar Silencioso: Dia Um ainda possui alguns momentos de tensão, mas o cenário mais amplo não é usado na melhor de suas capacidades. Ainda assim, há duas ótimas cenas em que a cidade parece estar sendo utilizada da melhor forma possível, e uma delas aparece no início do filme, antes de Samira conhecer Eric, e a segunda ocorre no ato final, enquanto o filme se prepara para seu encerramento. É um filme mais voltado para os personagens, focando nos nossos dois personagens principais antes de qualquer outra coisa. 

Divulgação | Paramount Pictures

Embora Michael Sarnoski tenha escrito o roteiro, e devo acrescentar, ele é lindamente escrito com tantos momentos que fazem você se apaixonar pelos personagens, é raro encontrar filmes de terror com personagens tão bem desenvolvidos que fazem você começar a se preocupar ao longo do filme. A escrita também possui participação de John Krasinski, o criador da franquia, e este filme prova o quão maravilhoso John é em contar histórias, e ele não obtém reconhecimento suficiente pelas histórias que cria. Desde a mudança de um filme de terror que coloca medo em sua alma, fazendo você não querer emitir um único som ao assistir, até a criação de um filme de terror ambientado no mesmo universo, mas trazendo-nos esses dois personagens que estavam destinados a se encontrar, permitindo para aprendermos mais sobre quem eles são, seus valores e ver sua amizade florescer ao longo do filme. É uma história sobre o desespero que existe quando toda esperança é perdida e como isso se transforma em uma conexão profunda um com o outro.

Esse filme não seria o que é sem as atuações surpreendentes de Lupita Nyong'o e Joseph Quinn. Eu tinha grandes expectativas para Lupita, e ela as superou totalmente com a atuação poderosa que tem como Samira, uma personagem sobre o qual aprendemos muito. O ato final da sua personagem é muito potente, um dos melhores da franquia. Por outro lado, não tinha muitas expectativas em relação a Joseph Quinn. Mas fiquei feliz em ver Joseph dando tudo de si, como um personagem perdido que sofre com crises de pânico e provando que é alguém em quem deveríamos ficar de olho. A última estrela do filme é o gato. Este gato consegue não só ficar fofo durante todo o filme, mas também ajuda a trazer conforto aos nossos personagens. Ele é uma verdadeira estrela, e peço desculpas por pensar que o gato não sobreviveria ao ato de abertura do filme. 

Um Lugar Silencioso: Dia Um já está disponível nos cinemas nacionais.

Comentários

  1. Laura Pinheiro27 junho, 2024 17:14

    Vi outras críticas falando que é o mais dramático.

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  2. Vou ver hoje.

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  3. O gato precisa ganhar um Oscar

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  4. Martina Oliveira30 junho, 2024 09:13

    Eu amei, principalmente o final.

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