Crítica | A Casa do Dragão (2° Temporada) - Episódio 2

Divulgação | Max

TítuloHouse of the Dragon (Título original)
Ano produção2023
Dirigido porMiguel Sapochnik
Estreia
16 de junho de 2024 (Mundial)
Duração 8 Episódios
Classificação18 - Não recomendado para menores de 18 anos
Gênero
Fantasia - Drama
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Nesta nova temporada de A Casa do Dragão, devemos ver a briga entre Rhaenyra Targaryen (Emma D'Arcy) e Aegon II Targaryen (Tom Glynn-Carney) pelo trono se intensificar de maneira perigosa e mortal, acarretando consequências desastrosas.

• Por Alisson Santos 
• Avaliação - 8/10

A abertura da segunda temporada de 'A Casa do Dragão' provou que a série não perdeu nada desde sua primeira temporada de grande sucesso. Continua sendo uma ótima adaptação, sem precisar ser um copia e cola do livro. O segundo episódio imediatamente aumenta os riscos, com ambos os lados sofrendo com a perda de herdeiros, particularmente recente é a perda do Rei Aegon II e do filho de Helaena, Jaehaerys, em retribuição pelos eventos da temporada anterior. É essa retaliação que parece destinada a intensificar o processo, com Aegon buscando sua própria vingança. Antes de me aprofundar neste episódio, quero reservar um momento para admirar os novos créditos de abertura que deixei de mencionar na minha análise anterior. Inspirada na Tapeçaria de Bayeux, é um ótima abertura e nos lembra que estamos entrando em uma das melhores novelas medievais.

Neste episódio, Phia Saban como Helaena é fenomenal. Apesar de implorar para não comparecer, ela é cruelmente forçada por Alicent a comparecer ao funeral de seu filho. Seu desempenho é devastador, mas perturbador, enquanto ela vive seu pior pesadelo. Alicent (Olivia Cooke) e Ser Criston Cole (Fabien Frankel) também carregam o peso da perda de Jaehaerys, já que sua morte ocorreu enquanto Criston estava na cama com Alicent. O caso deles é um segredo mal guardado, e ser ameaçado por Lord Larys Strong (Matthew Needham) é maravilhosamente divertido para criar uma nova camada.

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O que torna este episódio atraente, como costuma acontecer no mundo de Westeros, é como a dinâmica familiar e a intriga influenciam o ponto focal do enredo. Daemon e Rhaenyra estão em desacordo sobre a próximo passo e os verdadeiros motivos de Daemon, se ele busca o trono para si mesmo ou se é tão fiel à sua esposa quanto afirma. Enquanto isso, a Rainha Alicent e seu pai, lutam para manter o controle sobre o lado dos verdes, com Otto Hightower destituído de seu papel de ajudante do rei e substituído por Criston Cole. Mostrar como as relações internamente são tensas em ambos os lados da divisão lembra-nos que nenhum dos lados tem vantagem e, apesar de todas as suas diferenças, são limitados pela mesma dinâmica familiar e pela teimosia da juventude versus a sabedoria da experiência.

Inteligentemente, vemos como ambos os lados do conflito são vistos pelo povo de King's Landing, pois há escassez de alimentos e homens inocentes foram responsabilizados pela perda do rei. Isto serve como um lembrete de que nenhum dos lados pode reivindicar uma posição moral no conflito, já que ambos cometeram a sua cota de atrocidades. Embora grande parte da "ação" do episódio ocorra com política interna, somos presenteados com um o excelente final, lembrando-nos o quão eficaz essa série é em atuação e uso de cenários para mover a trama. É breve, mas é uma sequência altamente impactante. O segundo episódio de 'A Casa do Dragão', é outro episódio forte que se baseia no olhar da dinâmica familiar, e através desse foco mais restrito a cada evento, vai estabelecendo as bases para um conflito crescente que está lentamente se formando em segundo plano.

O segundo episódio da segunda temporada de 'A Casa do Dragão', já está disponível na Max.

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