Crítica | Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo - Então, em termos de estilo, é um bom filme. Infelizmente, os problemas surgem quando se trata de substância.
Divulgação | Netflix |
Título | Rebel Moon - Part One: A Child of Fire (Título original) |
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Ano produção | 2022 |
Dirigido por | Zack Snyder |
Estreia | 22 de dezembro de 2023 (Brasil) |
Duração | 133 Minutos |
Classificação | 14 - Não recomendado para menores de 14 anos |
Gênero | |
País de Origem | Estados Unidos |
Sinopse
Em Rebel Moon Parte 1: A Menina do Fogo, uma colônia pacífica à beira da galáxia é ameaçada pelos exércitos de um regente tirânico chamado Balisarius. A misteriosa Kora (Sofia Boutella) passa a ser a única esperança de sobrevivência. Desesperados, os colonos enviam a jovem com um passado conturbado para procurar guerreiros de planetas vizinhos e ajudá-los a resistir.
• Por Alisson Santos
• Avaliação - 5/10
Como tem sido amplamente divulgado, Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo começou como resposta de Zack Snyder para Star Wars, mas ele o reformulou em algo totalmente original. Bem, original não é a palavra. Ele rouba generosamente muitas coisas dos gênero, desde Duna, Star Wars, Matrix e até mesmo de Doctor Who, tudo construído sobre uma estrutura de história inspirado em alguns dos melhores faroestes – mais notavelmente Sete Homens e um Destino.
Nosso protagonista é Kora de Sofia Boutella – uma ex-guerreira do Mundo Mãe que agora vive no exílio como parte de uma tranquila comunidade agrícola. Mas sua história trágica – sabemos que é trágica porque é contada através de vários flashbacks soltos – se intromete em sua nova vida quando o Almirante Noble (Ed Skrein) chega e exige suprimentos. Sim, no verdadeiro estilo Star Wars, a primeira metade deste filme é sobre a logística e a economia da colheita de grãos. Kora logo se encontra na mira do Mundo Mãe e de seu líder quase invisível, o regente Balisarius (Fra Fee). Com o humilde fazendeiro Gunnar (Michiel Huisman) ao seu lado, Kora parte em uma jornada para encontrar aliados para lutar contra o Mundo Mãe.
Vamos começar com as coisas boas. Em um mundo em que tantos novos filmes dessa escala são prejudicados por efeitos visuais ruins, Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo é excelente. Cada planeta diferente é visualmente distinto e a decisão de construir muita coisa com efeito prático, é perfeita. Esses mundos parecem vividos e reais. Isso ajuda quando se trata das cenas de ação, que se beneficia da montagem estilo videoclipe do Zack Snyder. A coreografia das lutas são ótimas, todos os detalhes são milimetricamente pensados para fazer cada cena ser sentida pelo espectador e favorecer o uso do slow motion pelo Zack Snyder. Falando de slow motion, eu espero que você realmente goste dessa característica do diretor, porque você vai precisar de paciência aqui.
Divulgação | Netflix |
Então, em termos de estilo, é um bom filme. Infelizmente, os problemas surgem quando se trata de substância. O roteiro, escrito por Zack Snyder junto com Kurt Johnstad e Shay Hatten, não faz quase nada para que o público se preocupe com seus personagens centrais. Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo está tão ocupado nos contando como tudo é épico que se esquece de como os personagens são importantes para fazer as histórias parecerem significativas.
Não existe um bom trabalho de desenvolvimento dos personagens, há uma série de flashbacks nos quais o filme mergulha para explicar motivações, é frágil. O filme nunca tem chance de ganhar impulso porque continua parando para nos dizer quem são essas pessoas e por que devemos nos importar, em vez de nos mostrar. As atuações são impressionantemente comprometidas, muitos membros do elenco não tem algo em que se agarrar para construir seus personagens. Charlie Hunnam, por exemplo, se destaca como o típico malandro padrão, prejudicado porque ele nem sequer tem um flashback, o espectador não sabe o mínimo de um dos personagens mais importantes dessa primeira parte. Sofia Boutella, porém, merece elogios por seu trabalho no papel principal. Ela traz uma fisicalidade para sua performance e se sai bem durante as sequências de ação. Sempre que ela e o Ed Skrein estão juntos na tela, o filme ganha vida por um breve período.
Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo também é vítima de algo que tem sido um problema ao longo de 2023 – a síndrome da primeira parte. Mas talvez mais do que qualquer outro exemplo desse fenômeno – Missão: Impossível – Acerto De Contas Parte 1, Velozes e Furiosos 10. O filme de Zack Snyder parece uma metade órfã de um filme. É basicamente o primeiro ato de uma história com uma sequência de ação iniciada no último ato na esperança de evitar que o público se sinta enganado.
Mais um filme desse diretor medíocre
ResponderExcluirAssisti na CCXP, e é um sonífero.
ResponderExcluirAssisti 1 horinha e desisti, extremamente monótono.
ResponderExcluirHorrível
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