Divulgação | Sweeney Boo |
• Por Alisson Santos
Sweeney Boo é uma quadrinista e ilustradora que mora em Montreal, Canadá. Ela nasceu na França, onde estudou design gráfico. Ela começou a trabalhar como quadrinista e colorista para editoras francesas logo após se formar. Em 2015 ela tomou a decisão de se mudar para o Canadá, em busca de melhores oportunidades para o seu grande sonho. Sua estreia nos quadrinhos do mercado estadunidense, aconteceu durante o começo de 2016 em Rat Queens da Image Comics. Mais tarde, em dezembro de 2016, ela lançou uma campanha para sua primeira história em quadrinhos chamada "Eat, and Love Yourself", uma história de 150 páginas sobre transtornos alimentares, depressão, dismorfia corporal e, finalmente, amor próprio; um assunto realmente importante para ela. O quadrinho foi financiado e adquirido pela Boom! Studios em 2019, para publicação em 2020. Hoje em dia, Sweeney Boo é um verdadeiro fenômeno da indústria, teve a oportunidade de trabalhar com Capitã Marvel, Arlequina, Mulher Gato, sempre combinando duas de suas coisas favoritas, moda e super-heróinas. Ela arrumou tempo em sua agenda lotada para conversar conosco e estamos super empolgados em compartilhar algumas questões que ele respondeu sobre seu processo criativo e carreira, então continue lendo!
Divulgação | Sweeney Boo |
1 – De onde veio sua paixão pelos desenhos? Quais são suas inspirações?
Sempre tive um viés artístico, desde pequena. Eu adorava reproduzir obras de arte da Disney quando era criança, mais tarde isso se transformou em um amor por desenhar e criar roupas. O que então se transformou em desejo de contar histórias. Mantive meu amor pela moda e me inspiro muito nela quando crio histórias e personagens.
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2 - Como é um dia típico de trabalho para você e como é o seu processo criativo?
Gostaria de dizer que estou aperfeiçoando minha rotina, mas realmente tento ter uma quando posso. Normalmente acordo cedo e trabalho respondendo e-mails enquanto tomo café da manhã. Aí vou trabalhar até as 17h (mais ou menos), em roteiro, capa, páginas internas, dependendo do que estiver na programação daquele dia. Faço uma pausa entre 17h e 20h para treinar, jantar e relaxar um pouco. Depois voltarei a trabalhar até a hora de dormir, não vou mentir, às vezes levo meu ipad para a cama para continuar trabalhando... (frequentemente).
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3 - Quais são alguns dos maiores desafios ou frustrações com os quais você teve que lidar na criação de arte?
Gerenciar meu trabalho e poder planejar financeiramente com antecedência é muito importante, nunca se sabe como as coisas vão se desenvolver. Você precisa ter um espaço financeiro seguro se algo acontecer. Ninguém nunca me ensinou como administrar o aspecto financeiro desta carreira, por isso passei por muitas tentativas e erros ao longo dos anos. Não é a parte mais glamorosa, mas é algo que você realmente precisa mergulhar e aprender se quiser trabalhar como freelancer.
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4 - Adoro seus trabalhos Over My Dead Body, Eat, and Love Yourself e Arlequina. Até agora, qual é o trabalho mais desafiador e memorável da sua vida?
É impossível para mim escolher, todos os projetos em que trabalhei foram especiais, desafiadores e memoráveis à sua maneira. Sinto-me extremamente sortuda por poder escrever minhas próprias histórias, como Over My Dead Body, ou também compartilhar sobre meus próprios traumas pessoais, como Eat, and Love Yourself. E não consigo colocar em palavras o quão incrível é a experiência de desenhar a Arlequina, então é fantástico em todos os aspectos!
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5 - Qual a sua opinião sobre o debate arte digital versus arte tradicional?
Não vejo porque um debate é necessário. Na verdade, cabe a cada indivíduo escolher o meio que prefere e com o qual se sente mais confortável para trabalhar.
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6 - Alguma dica para jovens artistas?
É muito fácil ficar impaciente em “ter sucesso” no setor e, claro, você deve se concentrar em chegar lá. Mas tente aproveitar o processo, é uma carreira que às vezes pode levar tempo, cada pequeno passo é importante!
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