Crítica | Ahsoka - Episódios 1 e 2

Divulgação | Disney+

TítuloAhsoka (Original)
Ano produção2022
Dirigido porDave Filoni 
Estreia
22 de agosto 2023 (Mundial)
Duração8 episódios
Classificação14 - Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero
Ação - Suspense - Ficção Científica
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Ahsoka Tano (Rosario Dawson) está à caça do malvado Grande Almirante Thrawn na esperança de que isso a ajude a localizar o desaparecido Ezra Bridger, o jovem Jedi que desapareceu com Thrawn há muitos anos.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 7/10

A estreia de The Mandalorian em 2019 foi um marco histórico, já que era a primeira série live-action do universo Star Wars. A novidade foi se dissipando com suas novas temporadas e com os lançamentos de O Livro de Boba Fett e da decepcionante Obi-Wan Kenobi. Depois recebemos Andor, uma das melhores séries do ano passado mas também aquela que obteve menos repercussão. Nesta terça-feira, 22 de agosto, é a vez de Ahsoka, série em torno da personagem interpretada por Rosario Dawson que já pudemos ver em um episódio de The Mandalorian, mas cujas origens remontam à animação. Isso levou muitos a se perguntarem se é necessário ver, acima de tudo, Star Wars: Rebels para aproveitar ao máximo a série estrelada pelo ex-Padawan de Anakin Skywalker. Sinceramente, eu não ficaria surpreso se alguns espectadores se sentissem um pouco perdidos pelo menos durante os dois primeiros episódios, já que Ahsoka joga muitas coisas já estabelecidas na animação para focar na história que deseja contar. Obviamente, isso levará quem conhece o passado de seus personagens a apreciá-los mais, mas também eu não acho que limitará o impacto que pode ter sobre quem não foi além do cinema.

O que fica claro desde o primeiro momento é que Ahsoka busca um tom mais conectado ao das duas primeiras trilogias da franquia criada por George Lucas. Isso faz com que pareça mais uma extensão natural, em vez de servir para preencher lacunas que poucas pessoas queriam que fossem preenchidas. Por isso é curioso que sua forma de estabelecer a própria personalidade seja olhar para trás e ver o que daí pode ser recuperado para seguir em frente.

Divulgação | Disney+

Portanto, a apresentação de ótimos antagonistas é essencial. É verdade que o papel de grande vilão é atribuído antecipadamente ao Grande Almirante Thrawn, cuja busca por sua localização é o principal suporte dramático dos dois episódios que a Disney liberou à imprensa, mas sua ausência faz com que os poderosos personagens interpretados por Ray Stevenson e Ivanna Sakhno venham à tona. De fato, o primeiro episódio é dedicado à memória de Ray, pois infelizmente faleceu em maio passado, com apenas 58 anos. Seu Baylan Skoll é certamente o personagem mais atraente criado para a série, tanto pela presença imponente que mostra desde sua primeira aparição, quanto pelo fato de ser um ex-Jedi que agora está a serviço do lado negro da força. Além disso, suas aparências são bem comedidas para não saturar o espectador e também pelo fato do verdadeiro protagonista da série ser Ahsoka Tano. Tudo também se estende à Hera Syndulla de Mary Elizabeth Winstead ou à própria história que ela está nos contando. Obviamente, a ressonância emocional de qualquer coisa relacionada a Grande Almirante Thrawn e Ezra Bridger será praticamente inexistente para aqueles que vierem primeiro para Ahsoka. 

Claro, Ahsoka é impecável em efeitos visuais/práticos e no design de produção. É visível a devoção como a dedicação na ambientação desta galáxia muito, muito distante. De resto, estes dois episódios nada mais são do que uma introdução ao que está por vir, lançando as bases para o que promete ser uma corrida contra o tempo entre dois lados para localizar Grande Almirante Thrawn. Claro, até agora não passou de ser um aperitivo, mas destaco, por exemplo, os duelos com sabres de luz que têm uma intensidade não vista até agora em outras séries live-action deste universo. O que tenho claro é que Ahsoka será um sonho realizado ou estará muito próximo disso para os fãs das séries animadas.

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