Crítica | Super Mario Bros: O Filme - É um banho de nostalgia, claro, mas com absoluto carinho pelo personagem e seu universo.
Divulgação | Universal Pictures |
Título | Super Mario Bros: The Movie (Título original) |
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Ano produção | 2021 |
Dirigido por | Aaron Horvath e Michael Jelenic |
Estreia | 5 de abril de 2023 (Brasil) |
Duração | 90 Minutos |
Classificação | L - Livre para todos os públicos |
Gênero | |
País de Origem | Estados Unidos |
Sinopse
Mario é um encanador junto com seu irmão Luigi. Um dia, eles vão parar no reino dos cogumelos, governado pela Princesa Peach, mas ameaçado pelo rei dos Koopas, que faz de tudo para conseguir reinar em todos os lugares.
• Por Alisson Santos
• Avaliação - 7/10
Não há ícone de jogo maior do que o encanador bigodudo da Nintendo. Você pode não ter pegado um controle em sua vida e tenho certeza que sabe quem é o Super Mario. Você provavelmente até sabe o que acontece com ele se ele comer um dos cogumelos que aparecem ao longo dos níveis quando ele atinge um bloco de pixels decorado com um ponto de interrogação. Mover tal ícone da cultura pop é um desafio tremendamente difícil. Na verdade, já foi tentado nos anos 90 e deu muito errado.
Nesta nova oportunidade, a Nintendo escolheu o caminho seguro. Em vez de live-action, eles optaram por um filme de animação porque permite ao espectador absorver muito mais dos aspectos dos jogos. Um dos primeiros problemas que os diretores Aaron Horvath e Michael Jelenic tiveram que resolver, foi questão de ambientação. É a primeira vez que Mario viaja para o Reino do Cogumelo e nunca enfrentou Bowser ou Goombas em sua vida. Seu maior inimigo são as avarias que "conserta" nas casas do Brooklyn com seu irmão Luigi.
O filme mostra mais membros da família de Mario para dar profundidade ao protagonista, principalmente o medo do fracasso e de ser uma decepção para os pais. No entanto, o roteiro não chega a explorar por completo essa trama para não se desviar muito do escopo central. É uma pena, porque agora que Mario consegue nos dar mais frases do que "Mamma Mia!" esse aspecto é deixado de lado. O filme também não consegue desenvolver satisfatoriamente a relação entre os dois irmãos além de um adorável flashback.
Super Mario Bros: O Filme opta por uma trama bem mais simples, fácil de acompanhar tanto para os pequenos que estão, talvez, em seu primeiro contato com esse universo, quanto para quem nunca jogou. Bowser ameaça o Reino do Cogumelo e a Princesa Peach sai em busca de aliados para enfrentá-lo. Quando ela conhece Mario, ela concorda em ensiná-lo como esse mundo funciona para que ele possa ajudá-lo contra Bowser e resgatar seu irmão.
Divulgação | Universal Pictures |
Peach é a personagem que mais muda em relação aos jogos, mas foi uma evolução necessária para não continuar caindo não só no clichê da donzela em perigo, mas também na piada recorrente de que ela é a regente mais inepta que já existiu. Aqui Peach é uma verdadeira monarca, pronta para lutar pelo seu povo, preparada desde criança para usar a coroa. Ela é decidida, mas também sabe de diplomacia e pedir ajuda quando necessário. Ela é uma personagem muito mais complexa e também mexe um pouco com sua origem.
Mario, por outro lado, continua mantendo uma personalidade mais clássica de um herói por acaso, uma imagem na qual qualquer um pode se ver (como fazemos quando jogamos). Sua essência permanece, assim como a de seu irmão Luigi, um personagem que poderia ser melhor aproveitado dentro da trama. Na minha opinião, o grande destaque do filme é Bowser. O personagem é dotado de muitas facetas. Ele é ameaçador, mas também sabe ser sensível de uma forma hilária.
O ritmo é absolutamente frenético. É um filme de hora e meia, não há tempo a perder. A aventura lembra muito todas aquelas que pudemos viver com o encanador nos consoles, e o estúdio conseguiu capturar perfeitamente a linguagem dos jogos e misturá-la com os aspectos cinematográficos, para entregar cenas com uma visão como se você estivesse jogando o filme. É difícil ficar entediado quando as coisas não param de acontecer, e neste mundo podemos até aceitar que algumas coisas acontecem por pura conveniência.
A animação é um espetáculo, é provavelmente o filme mais bonito de Illumination até agora. Os personagens ganham maior expressividade e texturas. Mas são os ambientes que são uma obra de arte absoluta. Cada local, inspirado nos que conhecemos nos jogos, é repleto de cores, efeitos de luz, profundidade e detalhes infinitos. Eu teria pausado cada frame para poder admirar com calma. O ponto culminante é a espetacular trilha sonora de Brian Tyler, na qual melodias cinematográficas se misturam com loucas referências musicais aos jogos.
Também é perceptível que a Nintendo esteve muito à frente do projeto porque todo o filme é uma homenagem absoluta à história e ao legado da saga, com inúmeras participações especiais e referências aos títulos mais míticos da empresa. Super Mario Bros: O Filme é um banho de nostalgia, claro, mas com absoluto carinho pelo personagem e seu universo. Além disso, fiquem para os créditos!
Adorei a crítica. Mas queria saber o que acontece nas cenas pós-créditos
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