Crítica | Mulher-Hulk - Episódios 1, 2, 3 e 4

Divulgação | Disney+

Título	She-Hulk (Título original)
Ano produção	2021
Dirigido por	Kat Coiro
Estreia	18 de agosto de 2022 (Mundial)
Duração	9 Episódios
Classificação	14 - Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero	Comédia - Ação - Ficção Científica
País de Origem	Estados Unidos

Sinopse

A série acompanha Jennifer Walters, uma advogada, solteira, na casa dos 30 anos, cujo maior desejo é ser bem-sucedida em sua profissão. Mas há um “pequeno” detalhe: ela é parente de Bruce Banner, também conhecido como Hulk. Após um acidente, ela precisa conciliar sua carreira de especialista em casos jurídicos sobre-humanos com sua própria versão de dois metros de altura.

• Por Alisson Santos

• Avaliação - 7/10

Mulher-Hulk: Defensora de Heróis se alinha muito com um sitcom, com seus episódios de meia hora e abordagem de comédia para contar histórias do UCM. Isso lhe dá as vantagens que vêm com episódios independentes – a capacidade de brincar com formatos e ideias, enquanto traz novos personagens a cada semana. É Lei e Ordem com super-heróis. A questão é que cada episódio apresenta um novo caso da semana (às vezes mais!), dilemas leves e divertidos infundidos com humor. No geral, há uma energia boba nessa série que pode não combinar com o gosto de todos, principalmente em um Universo Cinematográfico da Marvel com tanto humor. Mas há muito mais acertos do que erros, com uma apreciação alegre de referências da cultura pop que fazem sentido dentro da estrutura desse universo.

Há alguma estranheza nas interações de Mulher-Hulk em CGI com o mundo. Detalhes como a textura da pele e as expressões faciais da heroína ficaram bons, mas alguns movimentos corporais são esquisitas, bizarras. Acho que a Marvel necessita urgentemente de criar o seu próprio estúdio de efeitos visuais. Tatiana Maslany traz mais do que a quantidade necessária de coração e humor para Jennifer Walters, deixando sua estranheza pessoal e raiva feminina em um retrato quase perfeito da Mulher-Hulk dos quadrinhos. Obviamente, há, de fato, um diálogo ou outro bastante artificial sobre a questão de gênero. Mulher-Hulk também tira sarro da audiência, principalmente daquele grupo que consideram qualquer coisa como “lacração” e satirizam alguns discursos do Twitter. 

Divulgação | Disney+

Embora oficialmente uma comédia, cada episódio até agora apresenta alguma ação interessante, o que não é necessariamente uma especialidade da diretora Kat Coiro. Onde o verdadeiro potencial de Mulher-Hulk emerge está na oportunidade de explorar o que significa viver em um mundo onde os super-heróis são apenas uma parte normal da vida cotidiana, do ponto de vista de alguém pertencente a ambos os mundos. Jennifer Walters é tanto uma super-heroína, e uma advogada muito dedicada, e a justaposição é uma premissa suficiente para tornar esse série envolvente.