Crítica | O Telefone Preto - Uma história de amadurecimento, astutamente disfarçada como algo muito mais sinistro.
Divulgação | Universal Pictures |
Título | The Black Phone (Título original) |
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Ano produção | 2020 |
Dirigido por | Scott Derrickson |
Estreia | 21 de julho de 2022 (Brasil) |
Duração | 102 minutos |
Classificação | 16 - Não recomendado para menores de 16 anos |
Gênero | |
País de Origem | Estados Unidos |
Sinopse
Finney, um garoto de 13 anos, é sequestrado por um assassino e levado para um porão à prova de som. Após encontrar um telefone antigo, ele consegue escutar as vozes das vítimas anteriores do criminoso.
• Por Alisson Santos
• Avaliação - 8/10
Ambientado na década de 1970, a história gira em torno de Finney (Mason Thames), um garoto de 13 anos que vive com sua irmã Gwen (Madeleine McGraw) e seu pai viúvo e alcoólatra Terrence (Jeremy Davies). Várias crianças locais foram sequestradas por um maníaco, criando uma sensação de nervosismo que permeia toda a cidade. Caminhando para casa um dia, Finney, sem saber, cruza com o sequestrador. Ele é pulverizado com algo para nocauteá-lo e jogado na traseira de uma van.
Quando ele acorda, Finney se encontra trancado em um porão com isolamento acústico. Um destino desagradável parece o esperar. Então um telefone preto desconectado na parede toca misteriosamente, e é tudo o que vou dizer sobre isso. Enquanto isso, Gwen começa a sonhar com seu irmão desaparecido. Ela já teve sonhos prescientes, então existe a possibilidade de uma pista residir deles.
O rapto de crianças é um pensamento inerentemente aterrorizante. O Telefone Preto, baseado em um conto do autor Joe Hill, se leva a sério sem nunca se tornar espalhafatoso ou explorador. O longa consegue desenvolver uma ambientação de suspense simplesmente fenomenal, para ser franco, tão bem construída que é deliciosamente assistível, mesmo apesar de quão básico é o seu roteiro. Perturbador e sufocante, O Telefone Preto funciona como um filme de suspense e como uma história de terror graças a uma direção precisa que consegue aumentar gradualmente a intensidade do ritmo e da tensão. Diferentemente de outros filmes do mesmo gênero, os elementos sobrenaturais se entrelaçam de forma orgânica e engenhosa, sem se tornar um mero recurso para gerar sustos.
Divulgação | Universal Pictures |
Este é um filme onde os policiais realmente fazem seu trabalho e as pessoas não se comportam como idiotas, o longa não tenta insultar a inteligência do espectador, e por esse motivo, tenta evitar ao máximo os clichês dos filmes do gênero. Liderado por uma performance memorável de Ethan Hawke e do elenco jovem, O Telefone Preto é um conto sombrio que explora assustadoramente a violência que é tão normalizada, tanto dentro de uma família quanto dentro de uma escola, e suas consequências devastadoras na comunidade. Mas apesar de toda a sua atmosfera brutal e inquietante, O Telefone Preto é uma história de amadurecimento em seu âmago, astutamente disfarçada como algo muito mais sinistro.
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